segunda-feira, 11 de março de 2013

25 de março = Abolição da Escravatura no Ceará

O Ceará foi a primeira província do Brasil a abolir a escravidão, em 25 de março de 1884. A data já foi resultado de um intenso movimento abolicionista que tomou conta do estado nos anos anteriores. No município de Redenção, foi marcante o processo de libertação dos escravos. No dia 1º de janeiro de 1883, a Vila do Acarape, atual Redenção, emancipou seus escravos há menos de um ano antes da província do Ceará. O povo redencionista guarda na memória o gesto heróico de ter libertado seus 116 escravos. Assim, Redenção é conhecida como Rosal da Liberdade.
 Os primeiros abolicionistas foram José Amaral, José Teodorico da Costa, Antônio Cruz Saldanha, Alfredo Salgado, Joaquim José de Oliveira, José da Silva, Manoel Albano Filho, Antônio Martins Francisco Araújo, Antônio Soares Teixeira Júnior.
Em 1880, esses abolicionistas fundaram a Sociedade Libertadora Cearense com 225 sócios, cujo presidente provisório foi João Cordeiro. Para divulgar seus ideais, em 1881, fundaram o Jornal O Libertador.
Em 25 de março de 1881, por exemplo, a Sociedade alforriou 35 escravos. Outra sociedade contribuiu para o movimento abolicionista. Tratou-se do Centro Abolicionista 25 de dezembro, fundado em 19 de dezembro de 1882. Dessa maneira, em 25 de março de 1884, foi abolida a escravidão no Ceará.
Os jangadeiros cearenses também aderiram ao movimento abolicionista e, em janeiro de 1881, fecharam o porto de Fortaleza ao embarque de escravos. Eles eram liderados por Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar ou Chico da Matilde. O revolucionário mulato de Canoa Quebrada, foi nomeado prático da Capitania dos Portos convivendo com o drama do tráfico negreiro, se envolve na luta pelo abolicionismo. Em vigília, localizava alguma embarcação que entrasse no Porto do Mucuripe e conduzia sua jangada até ela para comunicar o rompimento do tráfego negreiro no Estado. A história registrou seu brado literário.
“Essa atitude dos nossos antepassados, a mais de cem anos, tem repercussão hoje, pois devido ao fato histórico, Redenção é sede da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Grande parte de seus estudantes são de países que têm a língua portuguesa como a oficial e principalmente da África, berço dos escravos do Brasil que, agora, vêm para estuda e não para ter a mão de obra explorada”, enfatizou o deputado comunista.
fonte: http://lulamorais.com.br/?action=comunicacao&sub=ler&id=244

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